Contamos um pouco da tradição marroquinha em cultivar, exportar e, claro, fumar haxixe
“Aos olhos de Alá, é pior beber álcool do que fumar o kif. Pelo menos no Marrocos”. Kif é como é chamada a ‘maconha’ por lá. Apesar de proibida, o uso da erva é muito mais comum do que aqui. A produção do haxixe é uma tradição antiga no país, com uso introduzido desde o século VII, mas em larga escala o consumo foi acontecer mesmo só no final dos anos 60, antes era apenas maconha. Sim, tem diferença.
Haxixe e maconha podem até ser utilizados como sinônimos por alguns, mas a distinção está principalmente no teor de THC presente em cada um. Enquanto a maconha contém uma quantidades menor do princípio ativo — as mais fortes variam de 25 a 30% — o haxixe, também conhecido como “hash”, pode chegar até 60%, uma viagem potente da alma para fora do corpo.
Infelizmente, aqui no Brasil, você sabe que é bem difícil encontrar uma droga pura, tanto que muitos comparam o efeito do haxixe marroquino ao das mais fortes maconhas paraguaias fumadas aqui, sendo ainda mais poderoso. Se você estiver passando de carro pelas estradas do Marrocos, não é difícil ver grupos vendendo blocos prensados de maconha e haxixe com a mesma discrição de quem vende pinhão ali pela BR-101, na serra de Curitiba.
Para você ter uma ideia melhor, essa atividade ilícita representa 10% do PIB do Marrocos, cerca de 114.000 bilhões de dirhams por ano, o que dá uns 44 fucking bilhões de reais. Eles são os maiores produtores de resina de cannabis do mundo, chegando a produzir quase 40 toneladas por ano, é por isso que que muitos consideram os haxixes marroquinos como os mais famosos que existem.
Pensa em algum dia fazer uma tour pelo país? A dica que damos é que, mesmo sendo abordado por fornecedores na ruas oferecendo a parada pra você, o melhor é comprar em coffeeshops e lojas especializadas para não correr o risco de levar gato por lebre. Também existem alguns espertinhos por lá que sabem muito bem reconhecer um turista bobinho que tá louco para acender um.
Se você quiser ler um pouco mais sobre o assunto, aconselhamos estes dois links abaixo.
Fontes: Folha de SP, Lombra